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Caderno de anotações críticas

A atividade informativa é um garimpo de pensamentos, segundo qual nutrimos nossas opiniões ante o processo de construção humanística de nossas personalidades.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Clamor em Honduras

As controvérsias políticas em Honduras esgotam a passividade do povo. Os incidentes com bombas deixam estarrecidos os cidadãos, que divididos em suas escolhas não encontram outra alternativa, senão esperar.
Diante do impasse, as autoridades criticam o posicionamento dos Estados Unidos em apoiar as eleições naquele país. O Brasil, diferentemente, pensa que não se deve reconhecer tais instituições maculadas, que tentam legitimar suas ações e parecer um governo democraticamente eleito.
Ante isso, a observadores internacionais esperam do Congresso Nacional a aprovação da volta, do presidente deposto Manuel Zelaya. Neste ínterim, revoltosa, a população faz manifestações pelas ruas da capital Tegucigalpa com artilharia pesada.
É relevante o acontecimento, induzido pelo olhar da imprensa, quando o que está em jogo é a instabilidade democrática. Justifica-se o golpe de estado às escuras expurgando o presidente da república? Seria valido o presidente eleito democraticamente argüir contra a ordem constitucional e tentar remover cláusula pétrea para se eleger por mais um mandato?
Tem surgido na América Latina esta tendência, aprendida no sopé da não rotatividade dos cargos eletivos. Foi visto na Venezuela, passa por isso atualmente a Argentina. Poderá este principio fundamental do constitucionalismo moderno ser compelido a elaborações de leis ou emendas feitas no clamor da madrugada, para favorecer políticos que querem não mais se levantar de suas cadeiras presidenciais?
Urge então esperança as democracias americanas. Espera-se que parâmetros elementares dos preceitos democráticos sejam válidos nestas nações jovens e ansiosas por desenvolvimento social e econômico.
Por fim, é de se lembrar os apontamentos romanescos de Érico Veríssimo na obra O Senhor Embaixador, que retrata a tão famigerada República do Sacramento e seus dias de bravatas. Ali o escritor gaúcho, com maestria e lirismo retratou o pano de fundo e prognóstico do que são os países instáveis da América e suas balbúrdias institucionais. Vale a leitura!

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By Ferramentas Blog

Quem sou eu

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Navego à espreita do espaço urbano com pedaços de gravetos, os quais para não ser cinza, necessitam de esperança feito meu amanhã. Percorro a corrida pela sobrevivência, maquinada pela iniciativa da fé que ultrapassa os limites geográficos com sua cabeleira de contas e cálculos sem fim. Neste cortejo me proponho a mudar dia após dia, feito rocha desgrenhada nas saraivas do tempo.

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