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Caderno de anotações críticas

A atividade informativa é um garimpo de pensamentos, segundo qual nutrimos nossas opiniões ante o processo de construção humanística de nossas personalidades.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Desperdício e degradação


Fonte: aproveitamentototal.blogspot.com

Na história da economia passamos - todos - por uma fase nunca antes vivida pela humanidade; nunca fora maior a produção econômica de produtos e serviços, sem nunca se ter uma oferta tão ampla de bens para a sociedade, em todos os segmentos.
A vida espremesse num canto de si mesma, lutando por seu espaço; produzimos alimentos em excesso, eletrodomésticos em larga escala, veículos, chegamos até a exportar: ao que pesa a coerência nos limites da vida natural: exageramos em quase tudo que produzimos ao mercado.
E quanto falamos em exagero, revela-se à análise uma produção privada que busca - sem limites - o lucro, sem se importar com nada a sua volta. O mundo moderno é o mundo do exagero; jogamos comida fora - e tantos passam fome; esprememo-nos nos ônibus lotados e sucateamos veículos ultrapassados; produzimos e produzimos papel e cada vez mais jogamos ao lixo esta mesma espécie.
Todavia, a coerência não se ajeita ao regime capitalista: é o seu oposto, deveras. A preocupação dos grandes investidores é produzir mais, gastando menos: e tendo maiores lucros. Não sabemos a medida da esnobe ganância do capital.
Atravessamos o interesse imediato como uma máquina que não raciocína: somos jaz uma engrenagem disso tudo e estamos perdidos. Carecemos ou nunca tivemos o senso que limita nossa ambição. Inteiramente esgotamo-nos a todos com uma cobiça que apenas pretende ter para si novas cifras.

Fonte: bahiageog.blogspot.com

O aporte de sensatez é escasso. Pensemos na produção de papel. O extremo sul do Nordeste brasileiro (sul da Bahia) atravessa o esgotamento da fauna e da flora pela via da exploração esquemática e degradadora nas plantações de eucalipto. Centenas de milhares de hectares produzindo afoitamente esta espécie alienígena, para qual, somente o lucro é o viés de sua produção.
Poderiamos ainda dizer, que não sabemos os limites que assegurem a vida sustentável. Perdemos o que de mais precioso temos. Ainda assim, vale lembrar, que deslocamos ao lixo, em descarte impiedoso boa parte do que produzimos.
O lixo é o depósito final de muito do que rejeitamos na plasticidade egoísta de nossa espécie. Em alimentos, objetos e utensílios no mais. Perdemos o apresso que traduz o ato de concertar. As próprias firmas de manutenção e concerto estão desaparecendo. Não sabemos para onde vamos, enfim.
Com isso, urge no plano das consciências primeiramente um comportamento que frise nova análise a esta ambição de nosso tempo. Pensemos nos que passam fome, nos técnicos em manutenção que estão desempregados, no meio ambiente em geral... talvez assim, possamos ponderar o nosso furor criativo pela sensatez da preservação.

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By Ferramentas Blog

Quem sou eu

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Navego à espreita do espaço urbano com pedaços de gravetos, os quais para não ser cinza, necessitam de esperança feito meu amanhã. Percorro a corrida pela sobrevivência, maquinada pela iniciativa da fé que ultrapassa os limites geográficos com sua cabeleira de contas e cálculos sem fim. Neste cortejo me proponho a mudar dia após dia, feito rocha desgrenhada nas saraivas do tempo.

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