(Fonte fotográfica: almaespirita.blogspot.com)
Trabalho e mendicância
Insurge um grito da massa: o fenômeno social do trabalho admite exceção? Os desavisados entusiastas, que carregam seus livrões sagrados, alegando que somente o trabalho enobrece a pessoa humana, estariam estritamente incompletos em suas versões opinativas.
Na verdade, pois, é possível haver dignidade em não querer trabalhar, ou seja, o conceito de trabalho, segundo qual o amparo a ideia de produzir riqueza é limitado e simplório.
Estive pois a pesquisar o efeito inverso daqueles que não trabalham, a saber, aqueles mesmos, que embora querendo não lo conseguem. O exemplo utiliza um público, enquadrado na classe dos que na vida idosa possuem sua força obstruída pelos interesses econômicos.
Mais precisamente, estão enquadrados nesta analise os que a sociedade de classes denomina mendigos. No Brasil da Era-Vargas fora promulgada a famosa Lei de Contravenções penais, qual requestava o caso citado.
Tal lei, entretanto, fora tendência legislativa que sob os auspícios de juristas conservadores e legisladores oligarcas tentara legislar costumes; no mais modesto estilo do common law inglês.
Da mendicância revela-se a ideia fascista de higienizar o espaço público, do qual o cidadão indesejado e excluído deveria ser retirado, ou afastado, tal qual a ultima consequência cerceado.
Especialmente, o direito moderno alcança humanização e ética nos tempos atuais, porque protege a pessoa humana na sua natureza social, que materializa direitos e oportunidades a toda população, a alcançar sua realização a níveis plenos de convivência e dignidade.
Dirira pois, que embora estes conceitos de humanização existam há grupos sociais que não alcançam a referida oportunidade, mas contudo, deduzimos pois dessa analise, que não deve ser unicamente o trabalho responsável por ofertar qualidade de vida e valor humano para as pessoas.
O conjunto civilizatório de conquistas sociais e evolução cultural e tecnológica não deve levar a unicamente acreditar-se que os índices de qualidade de vida se associem a elevadas notas da produção de riqueza. A pessoa humana sadia e digna precisa completar-se enquanto humana e enquanto pessoa a um contexto mais amplo e elevado, que repercuta pois a chance de realização de seus sonhos pessoais e não somente a engrenagem de mercado produtiva que a obrigue a aceitar a imposição de cima.